Anteriormente em Uma linda história, aparentemente, de amor.
Onde se explica o facto de o “aparentemente” vir a interromper o título desta história.
Ela insistia em perguntar se as inglesas eram bonitas. Ele, do pouco que sabia, respondia que regra geral não e sentia que ela ficava um pouco mais tranquila. Mas ainda mais intrigado perguntava-lhe, a ela, há quanto tempo havia ido, o outro, das Américas do Sul. Ao que ela surpreendentemente responde: três anos. Ele sentia-se entre Penélope e um Ulisses perdido algures no mundo, sem saber muito bem em que parte da história ou em que canto da narrativa se integrava.
(Antes de entrarem no café, ele pensava que ela tinha vinte e qualquer coisa, entre conversa, esse qualquer coisa baixou significativamente, mas agora tinha de ter certezas)
“Quantos anos tens?” - pergunta ele num castelhano, suficientemente castelhano para que um sul-americano pergunte se ele é espanhol, ou quanto muito, brasileiro. Ao que ela responde: 36, não desculpa 37. Incrédulo, ele, não conseguia acreditar que alguém com 37 anos pudesse ser tão ingénuo, ao ponto de acreditar que um pseudo Ulisses, ainda por cima inglês, estivesse algures no mundo a pensar n’ela. Depois de três anos de vida, ela acreditava que o outro podia voltar.
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