sábado, 4 de abril de 2009

Portugal no seu melhor...

Oiço buzinas de automóveis, atenção oiço mesmo, não é uma metáfora… Pergunto-me se não é mais um triunfo de Maradona à frente da selecção Argentina. Descubro que não, pego na bandeira, saio à rua e grito Portugal, Portugal, o triunfo é nosso. Aquele Querido mês de Agosto, não é só um filme, um filme português, é mais do que isso, é uma marca de uma identidade, é uma infância perdida no meio de músicas made in Portugal, dos sinos da igreja, das tarde de sol de Agosto a 40 graus, passadas a comer abrunhos e amoras silvestres junto à sobra da fonte, a mesma que em cima serve de observatório celeste há noite, do tanque sujo de limo, das festas/arraiais, as rifas na quermesse, o frango, as febras que no pão se chamam pregos, os caracóis e amendoins, tremoços que salgam a boca, salva pela frescura de uma mini, coca/sprite ou até mesmo para aqueles que não gostam de bebidas gasificadas, joi de laranja. O fogo-de-artifício, o fogo preso, o fogo do castelo, os jogos tradicionais, a procissão, o baile característico, a directa como mais uma vitória na luta de se querer ser grande, a alvorada, a busca das canas perdidas, a espera da banda da GNR, o padeiro, a mercearia da Carolina, o porco morto à facada pelo tio e muito mais, são as recordações, são aquilo que faz de Aquele Querido mês de Agosto não só o melhor e o mais inteligente filme português feito até hoje, não querendo pôr em causa os muitos filmes de produção nacional que ainda não tive o prazer de ver.
Agora o orgulho, leva à emoção, a emoção de saber que esta grande obra made in Portugal é a grande vencedora da competição internacional, da 11ª edição do BAFICI – Buenos Aires Festival Internacional de Cine Independiente…

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